5 competências exigidas pela banca:
1. Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa
Esse é o requisito fundamental para tirar uma boa nota. Para atender a essa exigência, você precisa ter consciência da diferença entre a modalidade escrita e a oral, bem como entre registro formal e informal. Não é porque na oralidade falamos “pra” que devemos escrever assim no texto. Evite contrações (pra, pro, numa…) e prefira escrever a palavra toda (para, para o, em uma…), fuja das gírias e de repetições. Além disso, na redação do seu texto, você deve procurar ser claro, objetivo e direto, empregar um vocabulário mais variado e preciso, diferente do que utiliza quando fala, e seguir as regras estabelecidas pela modalidade escrita formal da Língua Portuguesa. O texto dissertativo-argumentativo escrito exige que alguns requisitos básicos sejam atendidos corretamente:
- Concordância nominal e verbal;
- Regência nominal e verbal;
- Pontuação;
- Flexão de nomes e verbos;
- Colocação de pronomes oblíquos (átonos e tônicos);
- Grafia das palavras (inclusive acentuação gráfica e emprego de letras maiúsculas e minúsculas); e
- Divisão silábica na mudança de linha (translineação)
DICA: Usar o rascunho é essencial para evitar esses erros.
2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
O Enem não quer que o texto do participante tenha caráter apenas expositivo, porque isso não é fazer uma dissertação-argumentativa. É preciso apresentar um texto que expõe um aspecto relacionado ao tema, defendendo uma posição, uma tese. Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque foram apresentados apenas para despertar uma reflexão sobre o tema e não para limitar sua criatividade. É nessa competência que o Enem espera ver o seu conhecimento de mundo. Utilizar informações de várias fontes (livros, filmes, exposições) demonstra que você está atualizado em relação ao que acontece no mundo. Mas, atenção! Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto, tomando cuidado para não se afastar do seu foco. Fuga do tema é um dos principais problemas identificados nas redações que levam nota zero.
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
O terceiro aspecto a ser avaliado no seu texto é a forma como você seleciona, relaciona, organiza e interpreta informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa do ponto de vista defendido como tese. O seu texto precisa apresentar, claramente, uma ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posição assumida por você em relação à temática exigida pela proposta de redação. Esta competência trata da inteligibilidade do texto, ou seja, da sua coerência. Coerência tem a ver com o encadeamento das ideias. Cada parágrafo precisa apresentar informações novas, mas coerentes com o que já foi apresentado anteriormente, sem repetições ou saltos temáticos. É um desafio e tanto!
4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a argumentação
Nessa competência são avaliadas a estruturação lógica e formal entre as partes da redação. A organização textual exige que as frases e os parágrafos estabeleçam entre si uma relação que garanta a sequenciação coerente do texto e a interdependência entre as ideias (está ligada à competência 3, também). Esse encadeamento pode ser expresso por conjunções, por determinadas palavras, ou pode ser inferido a partir da articulação dessas ideias. Preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais são responsáveis pela coesão do texto, porque estabelecem uma inter-relação entre orações, frases e parágrafos. É importante frisar: cada parágrafo deve ser composto de um ou mais períodos também articulados e cada ideia nova precisa estabelecer relação com as anteriores.
5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos
O quinto e último aspecto a ser avaliado no seu texto é a apresentação de uma proposta de intervenção para o problema abordado. Por isso, a sua redação, além de apresentar uma tese sobre o tema, apoiada em argumentos consistentes, deve oferecer uma proposta de intervenção na vida social, ou seja, uma “solução” para o problema. Essa proposta deve considerar os pontos abordados na argumentação e deve se relacionar diretamente com a tese desenvolvida no texto e ter coerência com os argumentos utilizados, já que expressa a sua visão, como autor, das possíveis soluções para a questão discutida. A proposta de intervenção precisa ser detalhada para permitir que o leitor julgue a sua “exequibilidade” (a capacidade de ser posta em prática). Por isso, é bom detalhar quais meios são importantes para realizá-la. A proposta deve, ainda, refletir os conhecimentos de mundo de quem a redige, e a coerência da argumentação será um dos aspectos decisivos no processo de avaliação. É necessário que ela respeite os direitos humanos: que não rompa com valores como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural.
As informações desse texto foram retiradas do Guia do Participante do Enem, elaborado pelo Ministério da Educação (MEC). Vale a pena dar uma conferida para ler todas as dicas e os exemplos de avaliação feitos pelos corretores oficiais do exame.
Fonte:
http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2015/10/biblioteca-epifanio-doria-faz-jornada-com-dicas-sobre-redacao-do-enem.html
http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/redacao-enem-vestibular/2015/06/25/quer-tirar-nota-1000-na-redacao-do-enem-entenda-os-5-criterios-de-avaliacao-usados-pela-banca/
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