Qualquer um que tenha contato com jovens sabe que eles estão o tempo todo conectados à internet. Hoje, uma das cenas mais comum é ver um jovem teclando um celular conectado a uma rede social. Em questão de segundos, pronto! O garoto (a) consegue se unir a milhares de pessoas que disparam ideias e imagens de toda parte do mundo.
A internet é uma comunicação poderosa, um canal para conversar, trocar experiências, passar o tempo, conhecer pessoas e, por isso, tem sido tão frequente os casos nos quais os jovens se expõem de forma inconsequente.
Outro dia, numa escola, uma professora me contou que ficou profundamente irritada com um aluno, quando o flagrou tirando uma foto com o celular do “cofrinho do bumbum” de uma garota, sem que ela notasse. Segundo ela, a vontade foi arrancar o celular das mãos dele e lhe aplicar uma suspensão, mas apenas chamou a atenção dele mostrando que o que ele estava fazendo era errado. E você, o que faria numa situação como essa?
Eu aprendi ao longo da minha história com jovens que o enfrentamento não é a melhor opção para ele mudar de conduta, e sim o diálogo. Eu chamaria o aluno para uma conversa em particular e perguntaria por que ele estava fazendo o que fez? De acordo com a resposta, completaria as lacunas do pensamento dele com as informações que lhe falta ou que ainda não conseguiu perceber, explicando que não é porque o “cofrinho” estava aparecendo que se tornou público. Todo corpo tem um dono, e o que ele fotografou não lhe pertencia. E para fazer ele refletir sobre sua atitude, perguntaria se agora, olhando a situação de fora, e percebendo a importância do respeito, privacidade e segurança da garota:
- Você ainda acha que tinha o direito de fazer isso?
Por que o educador precisa estar atento?
Uma atitude como a deste garoto permite que você, professor, fale com a turma sobre a exposição sexual nas redes sociais. Além desse tipo de comportamento, é muito comum entre os jovens a exposição voluntária de seus corpos nas redes sociais ou para alguém em particular. É o chamado sexting, termo vindo do inglês, baseado na junção das palavras “sex” (sexo) e o sufixo “ting” (da palavra “texting”, que significa troca de mensagens eletrônicas de texto), para designar o envio de conteúdo erótico por meio eletrônico (SMS, redes sociais , e-mail, etc).
Uma atitude como a deste garoto permite que você, professor, fale com a turma sobre a exposição sexual nas redes sociais. Além desse tipo de comportamento, é muito comum entre os jovens a exposição voluntária de seus corpos nas redes sociais ou para alguém em particular. É o chamado sexting, termo vindo do inglês, baseado na junção das palavras “sex” (sexo) e o sufixo “ting” (da palavra “texting”, que significa troca de mensagens eletrônicas de texto), para designar o envio de conteúdo erótico por meio eletrônico (SMS, redes sociais , e-mail, etc).
As meninas costumam ser as principais vítimas desse desejo de sedução, quando usam suas imagens sensuais ou eróticas para provocar alguém, ou como prova de amor para o namorado ou pretendente. Muitas vezes, elas não têm a consciência de que, depois que uma foto é enviada, é impossível saber onde ela vai parar. A pessoa que a recebe pode fazer o que quiser: encaminhar, copiar, postar on-line ou compartilhar com alguém.
É aí que mora o perigo!
A exposição de partes íntimas do corpo ou a difusão de imagens em situação de erotismo pode deixar o adolescente em evidência de forma negativa, tornando-o alvo de bullying ecyberbullying, o que acaba por minar toda a estrutura psicológica da vítima por conta do constrangimento, da vergonha e do medo de ver sua imagem circulando indiscriminadamente pela rede.
O que o professor pode fazer
Em casos como esse, o trabalho mais importante a ser feito não é exatamente debater sexualidade, mas, sim, falar sobre RESPEITO. Respeito a si próprio e ao outro. Uma sugestão é fazer uma roda de conversa. O professor pode usar um vídeo para iniciar o debate. Eu encontrei dois vídeos muito oportunos na internet: um para usar com adolescentes com mais de 13 anos e outro mais adequado para os mais novos. O primeiro chama-se Pense antes de Postar e mostra como uma garota pode perder o controle sobre uma foto sensual postada nas redes sociais usando como analogia o mural da escola.
Em casos como esse, o trabalho mais importante a ser feito não é exatamente debater sexualidade, mas, sim, falar sobre RESPEITO. Respeito a si próprio e ao outro. Uma sugestão é fazer uma roda de conversa. O professor pode usar um vídeo para iniciar o debate. Eu encontrei dois vídeos muito oportunos na internet: um para usar com adolescentes com mais de 13 anos e outro mais adequado para os mais novos. O primeiro chama-se Pense antes de Postar e mostra como uma garota pode perder o controle sobre uma foto sensual postada nas redes sociais usando como analogia o mural da escola.
Outra opção, mais didática, é o desenho animado dos irmãos Phineas & Ferb, produzido pela Disney. No vídeo sobre segurança na internet, a simpática dupla fala sobre as regras para meninada usar a internet maneira segura.
Mostre os vídeos para a turma e aqueça a conversa com algumas perguntas como:
- Eles conhecem alguém que já tenha passado por uma situação parecida?
- Quais as consequências que isso trouxe para a vítima?
- Este fato interferiu nas relações de amizade ou num relacionamento afetivo?
- O que eles pensam sobre a exposição de imagens íntimas nas redes sociais e na internet?
- Se expor ou expor alguém na internet é a melhor forma de ser visto como uma pessoa interessante, legal, que conquista a admiração dos outros?
- Que condutas os meninos admiram nas meninas e vice-versa?
Durante a conversa, reforce a importância de jamais divulgar imagens íntimas, eróticas e muito menos as pornográficas, nem mesmo para namorados (as) ou amigos (as). A grande maioria do casos de material “amador” que cai na rede, começa com o envio de fotos para o namorado, vídeo para a noiva ou casos piores, como pessoas que divulgam –por vingança – a intimidade de seus antigos parceiros.
Diga à turma que, além da reprodução deliberada, há outras formas desses conteúdos serem espalhados pela rede: celulares perdidos ou roubados, computadores invadidos por hackers… são várias as possibilidades. Feche o trabalho pedindo que cada um conte em poucas palavras o que foi significativo nesta conversa.
Você sabe de algum aluno seu que tenha vivido uma situação semelhante? Como foi sua atuação? Você tem dúvida sobre como agir em circunstâncias como essa? Compartilhe conosco. Sua experiência é muito importante para todos nós que trabalhamos com Educação.
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