É
impossível imaginar a vida sem os elementos da comunicação. Eles podem ser
encontrados a todo instante, no cotidiano da nossa linguagem, e se fazem presentes
em todo diálogo — que é o grande responsável por proporcionar a interação
social.
Nós usamos
os elementos da comunicação desde o instante em que uma mensagem é emitida
(como, por exemplo, ao pedir um café na padaria) até o momento em que o contexto
é compreendido (quando o atendente anota seu pedido e leva um café até sua
mesa).
Função da comunicação
O termo
comunicação refere-se à “ação de transmitir uma mensagem e, eventualmente,
receber outra mensagem como resposta”, compartilhar informações; efetivar um
diálogo; passar uma mensagem individual para o coletivo.
O ser
humano tem necessidade de se comunicar desde períodos pré-históricos. Em 15.000
a.C., as primeiras formas de comunicação aconteceram por meio de sinais, gestos
e sons. Mas a evolução fez com que novas estratégias de comunicação surgissem,
resultando no entendimento entre os indivíduos.
Emissor – o
que emite a mensagem.
Receptor – o
que recebe a mensagem.
Mensagem – o
conjunto de informações transmitidas.
Código – a
combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de
Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio,
jornal, revista, cordas vocais, ar...
Contexto – a
situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
Ruído – qualquer
perturbação na comunicação.
Funções da Linguagem
A linguagem verbal é uma das formas
de comunicação que nós temos para compartilhar as nossas experiências com as
outras pessoas, aprender e ensinar etc. Sempre que nós nos comunicamos com
outra pessoa, nós temos uma finalidade, um objetivo, e utilizamos vários
códigos que representam os nossos pensamentos e sentimentos.
O processo de comunicação pressupõe
necessariamente a interação de seis fatores e cada um desses fatores dá origem
a uma função linguística específica.
Os elementos da comunicação estão
intimamente relacionados às funções da linguagem. São elas que determinam o
objetivo e/ou finalidade dos atos comunicativos.
Para cada elemento, existe uma
função, portanto, elas são categorizadas em seis funções distintas, sendo elas:
função emotiva, função conotativa, função metalinguística, função poética,
função fática e função referencial.
O linguista
russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao
ato da comunicação:
1. Função
Referencial: também chamada de denotativa ou informativa, é quando o
objetivo é passar uma informação objetivas e impessoal no texto. É valorizado o
objeto ou a situação de que se trata a mensagem sem manifestações pessoais ou
persuasivas.
2. Função
expressiva: também chamada de emotiva, passa para o texto marcas de
atitudes pessoais como emoções, opiniões, avaliações. Na função expressiva, o
emissor ou destinador é o produtor da mensagem. O produtor mostra que está
presente no texto mostrando aos olhos de todos seus pensamentos.
3. Função
conativa: é quando a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor
levando-o a adotar um determinado comportamento. Na função conativa a presença
do receptor está marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa
e pelo uso do imperativo e do vocativo.
4. Função
fática: é o canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve para quem
a recebe. Também designa algumas formas que se usa para chamar atenção.
5. Função
metalinguística: é quando a linguagem fala de si própria. Predominam em
análises literárias, interpretações e críticas diversas.
6. Função
poética: é usada para despertar a surpresa e prazer estético. É elaborada
de forma imprevista e inovadora.
É
importante notarmos que a linguagem sempre varia de acordo com a situação e as
funções de linguagem nunca estão isoladas num texto. É claro que num texto uma
função predomina, mas as funções mesclam-se e combinam-se o tempo todo.
01 PRATICANDO
Questão 1
Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) em negrito do fragmento citado NÃO contém (êm) traço(s) da função emotiva da linguagem.
a) Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de embalagens nem junto aos frascos de remédio.
b) A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório” quando sai de sua significação e cai no ambiente artificial e na situação inventada.
c) Outras leituras significativas são o rótulo de um produto que se vai comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete do cinema, as placas do ponto de ônibus (...)
d) Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não são ratinhos mortos (...) prontinhos para ser desmontados e montados, picadinhos (...)
GABARITO - C
Questão 2
Leia as passagens abaixo, extraídas de São Bernardo, de Graciliano Ramos:
I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões.
II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava café e conversava, bastante satisfeito.
III. João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante.
IV. Já viram como perdemos tempo em padecimentos inúteis? Não era melhor que fôssemos como os bois? Bois com inteligência. Haverá estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Será? Não será? Para que isso? Procurar dissabores! Será? Não será?
Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o exercício de metalinguagem em São Bernardo:
a) III e V.
b) I e II.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e V.
GABARITO A
Questão 3
A Questão é Começar
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar.
Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.”
Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”. Indique a alternativa que explicita essa função.
a) Função emotiva
b) Função referencial
c) Função fática
d) Função conativa
e) Função poética
GABARITO C
Questão 4
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois
Questão 5
Observe, ao lado, esta gravura de Escher: Na linguagem verbal, exemplos de aproveitamento de recursos equivalentes aos da gravura de Escher encontram-se, com frequência,
a) nos jornais, quando o repórter registra uma ocorrência que lhe parece extremamente intrigante.
b) nos textos publicitários, quando se comparam dois produtos que têm a mesma utilidade.
c) na prosa científica, quando o autor descreve com isenção e distanciamento a experiência de que trata.
d) na literatura, quando o escritor se vale das palavras para expor procedimentos construtivos do discurso.
e) nos manuais de instrução, quando se organiza com clareza uma determinada sequência de operações.
GABARITO D
02 PRATICANDO
1. O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar atrasado para o jantar.
a) o pai
b) a filha
c) fios de telefone
d) o código
e) a fala
2. Assinale a alternativa incorreta:
a) Só existe comunicação quando a pessoa que recebe a mensagem entende o seu significado.
b) Para entender o significado de uma mensagem, não é preciso conhecer o código.
c) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos, formados de palavras, desenhos, números
etc.
d) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas regras.
e) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos combiná-los de várias maneiras, criando
novas mensagens.
3. Uma pessoa é convidada a dar uma palestra em Espanhol. A pessoa não aceita o convite, pois não sabia falar com fluência a língua Espanhola. Se esta pessoa tivesse aceitado fazer esta palestra seria um fracasso porque:
b) não dominava o código
c) não conhecia o referente
d) não conhecia o receptor
e) não conhecia a mensagem
4. Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz um gesto pedindo para ele parar. Neste trecho o gesto que o guarda faz para o motorista parar, podemos dizer que é:
a) o código que ele utiliza
b) o canal que ele utiliza
c) quem recebe a mensagem
d) quem envia a mensagem
e) o assunto da mensagem
5. A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: “FELIPE, ESTÁ NA HORA DE ACORDAR”.
O que está destacado é:
a) o emissor
b) o código
c) o canal
d) a mensagem
e) o referente
6. Podemos afirmar que Referente é:
a) quem recebe a mensagem
b) o assunto da mensagem
c) o que transmite a mensagem
d) quem envia a mensagem
e) o código usado para estabelecer comunicação
A parte da senzala que era habitada pelas negras solteiras, logo que o sol iluminou as grades das janelas que davam para o vale, tornou-se movimentada. Mulheres de chimangos quase brancos, os braços muito pretos de fora, falavam em voz baixa e gesticulavam nervosamente. Algumas delas mais velhas diziam palavras africanas na excitação em que estavam e não se compreendiam porque eram de diversas nações e haviam sido escolhidas já de propósito assim, para que não formassem grupos à parte, com a linguagem secreta de uma só algaravia. (Cornélio Pena, A Menina Morta) |
LEGISLATIVO APROVA MEDIDA PROVISÓRIA QUE CONGELA SALÁRIO DOS SERVIDORES DA PARAÍBA EM 2016 A Medida Provisória 242, editada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) e que dispõe sobre a suspensão dos reajustes salariais dos servidores do Estado, acabou sendo aprovada durante sessão realizada nesta terça-feira (15-03-2016), em meio a discursos acalorados entre as bancadas de situação e oposição. A matéria foi aprovada por 19 votos favoráveis contra 10 votos contrários. Votaram a favor os deputados Adriano Galdino (PSB), Anísio Maia (PT), Arthur Cunha Lima Filho (PT do B), Branco Mendes (PEN), Buba Germano (PSB), Caio Roberto (PR), Doda de Tião, Edmilson Soares (PEN), Hermano Santos, Estela Bezerra (PSB), Galego Souza, Genival Matias (PT do B), Gervasinho (PSB), Hervázio Bezerra (PSB), Inácio Falcão (PT do B), Nabor Wanderley (PMDB), Olenka Maranhão (PMDB), Tião Gomes (PSL) e Zé Paulo. Os votos contrários foram dos deputados Arnaldo Monteiro (PSC), Bruno Cunha Lima (PSDB), Camila Toscano (PSDB), Dinaldinho (PSDB), Frei Anastácio (PT), José Aldemir (PEN), Jutay Menezes (PRB), Raniery Paulino (PMDB), Renato Gadelha (PSC) e Tovar Correa Lima (PSDB). Assinada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), a matéria suspendeu os reajustes das remunerações e subsídios dos servidores ativos civis e militares da administração direta e indireta, inclusive dos proventos dos servidores inativos e pensionistas. (http://opipoco.com.br/) |
k@ty@: - Kd vc? To c sds de vc! Artur: - To em kza, hj tah fmz aki. k@ty@: - Pq vc naum resp m msg? Artur: - Rlx, to d boa. Jah t lg. |
Ao sair do boteco, todo embriagado, consegue chegar em casa com muito custo. Abre a porta e vai correndo para o banheiro. Assustado, corre para o quarto e acorda a mulher: - Ô muié....Essa casa tá mal assombrada! Eu abri a porta do banheiro e a luz acendeu sozinha. Depois, fechei a porta e a luz apagou sozinha.... A mulher, pê da vida, grita: - Filho da mãe!!! Você mijou na geladeira de novo!!!! |
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